quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Relação etílica




Ali, em plena mesa de bar, 
Começaram uma DR

A esguia tulipa, enciumada,
Queria saber porque ela, a
estonteante loira,
Não permanecia mais que
alguns breves minutos
em sua companhia.

Não compreendia por que
sua companheira gostava 
tanto de se entregar
freneticamente a lábios
alheios.

Porque não se espelhar nos
amigos vinho e conhaque
Que costumavam se deleitar
em tempo mais longo
Nas taças que os envolviam?
- Questionava a tulipa.

Para evitar escândalos,
A loira se esqueceu por ali
Espumando de raiva,
Enquanto a relação entre as duas se amornava.




Sandro Silva



Sandro Silva é jornalista, grande amigo de trabalho, de socialização de conhecimentos e de bar. Também vive a escrever poesias, e, de vez em quando nos presenteia pelas manhãs, pelas tardes ou pelas noites com elas.


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Notícias Além Mar



O amigo Leandro, que conheci na Tunisia, dia destes me avisou que agora está em Lisboa, Portugal. “Olha só! Não temos nada de Portugal ainda no blog”, pensei. Pensei e pedi, né?

Leandro foi à Cervejaria do Ramiro e mandou notícias, além de deixar com água na boca. O local é super tradição, famosona, segundo o Leandro, e vai completar em abril seus 60 anos de existência.



Vão conhecer muitos bares
em Portugal?
 


Apesar do nome, que para nós lembra um local mais descontraído, a Cervejaria do Ramiro tem uma carona de restaurante. 


A cara da cervejaria é de restaurante.
  

A cerveja tá no nome do lugar, mas o forte mesmo são os frutos do mar. Na Cervejaria do Ramiro eles estão sempre fresquinhos, nas melhores condições pra gente comer. 



O Ramiro faz questão de oferecer frutos do mar fresquinhos.
  

O Leandro alertou que apesar das delícias apresentadas, não deu pra comer muito, porque o lugar não é barato, não. Mas elee a companheira dele se acabaram com uma gamba no alho e óleo. Não é gambá nem gambé, não. É gamba. Gamba é camarão! Hahahaha. 



Olha a gamba aí!


Depois fomos para uma sapateira”, escreveu Leandro. O quê? Que que é isso? Ele explica que é um caranguejo das águas dos mares do norte e muiiito (assim mesmo ele escreveu) apreciado lá. O caranguejo te muita carne e comeram os miúdos com pão e manteiga… “Uma delícia”. Não precisa dizer. Já fiquei salivando aqui.

  
Salivei com a sapateira!


Esta parte da mensagem do Leandro interessou muito: “A parte alcoólica ficou pelo vinho rosé chamado Mateus e que por incrível que pareça tinha conhecido em 2007 quado fui morar no Piauí. É um vinho produzido na região do Porto, porém não é vinho do Porto...” Adoro vinho rosé! Vou ver se acho este vinho aqui.

 
A parte alcoólica.

Fiquei feliz de ter estas notícias do Leandro. Sei que ele teria mais umas mil coisas pra me contar de Portugal, mas pelo relato que ele deu da Cervejaria do Ramiro já deu pra entender que a vida anda bem. Espero ter mais notícias boas assim dele e poder publicar no blog. A gente nunca sabe se um dia vai fazer uma viagem, e aí as dicas já estão na mão.


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Bartírio

O Bar, Maurice Vlaminck (1876-1958)



BARTÍRIO

Não aprendi
dizer chorar,
porque chorar
é a incapacidade de sentir
sede.
Sedento de calor
vou me baldear nessas cervejas
e jogar essa suposta dor,
debaixo dessas mesas.
Bebo, não nego,
choro quando puder,
e não venham dizer
que estou de roedeira,
esse é um jeito de me apaixonar.
Por falar nisso,
enquanto entorno outro gole
nesse escuro bar,
escuto Fernando Mendes
copiosamente,
no meu celular...

Aluízio Mathias


Aluízio Mathias, é poeta, bebedor e escreve sempre às quartas de finais quando está de ressaca...