terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Sabe em Kenko tô pensando?


Em você, que adora cerveja mais em conta. Há um bar em São Paullo que tem nome de colchão medicinal japonês, mas não é. Apesar de não ser, ajuda a gente com o santo remédio pras incomodações do dia, aquele que ajuda a desopilar o fígado. Sim, ele ajuda a gente no fim de tarde com cervejas bem geladas e muito em conta pra preço do centro de São Paulo.

Estou falando do Kenko, um bar e restaurante que Lucas descobriu há um tempo atrás, para animar as nossas carinhas tristes dos que gostam de bar, mas estão abalados com o preço da cerveja. É que lá no Kenko a Serra Malte custa, atualmente, R$ 5,45. Sim! Repetindo: o nome do bar é Kenko. A cerveja é Serra Malte, isso mesmo. E o preço é R$ 5,45! Que alegria, hein! Tem Original também.


Desculpaí, mas esta foto
é do final do ano passado.


Mais alegres ficamos nós, pois tivemos a oportunidade de conhecer o lugar no ano passado, quando a Serra Malte ainda custava R$ 4,99. Quer coisa melhor que esta pra juntar Lucas, Emílio, Roger, Fá, Renata, Elisa e eu? 



Beber no calçadão da São Luís uma cerveja
neste preço... é pra sorrir demais!

Deve até haver, mas Serra Malte neste preço é um super bom motivo. E aí, pra contar quantas cervejas já bebemos é assim: quantos baldes já foram? Claro, quando é mais em conta a gente bebe de balde mesmo!




O povo fica animado!

A comida que oferecem lá é japonesa, claro! Mas eu nunca comi. Quem sempre come lá é o Lucas e a Renata. Pedem yaksoba, pois dizem que é muito bom e é mais em conta. Outro dia comemos batata frita, só pra dar um sal na boca. A porção é bem servida, mas achei o preço meio fora, um pouco alto. Como sempre repito, a combinação bebida e comida barata é raríssima de encontrar.



Pode vir yaksoba, fritas, o que for de comer,
mas o que mais vem com a gente é cerveja mesmo.

Mas pra fechar, tá faltando eu dizer onde é, pois sei que tem quem gosta de bar que já tá querendo ir lá para conferir. O Kenko fica na Avenida São Luís, no centro de São Paulo, perto da Praça Dom José Gaspar. Tem que chegar cedo lá se quiser pegar mesas na calçada, pois com a lei anti-cigarro, todo mundo quer ficar mesmo do lado de fora do bar. Emílio e eu fazemos questão. E a sexta-feira no Kenko vem como o fechamento da semana perfeito. E saímos tontos e satisfeitos de tanto beber Serra Malte por um precinho bem camarada.



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Aproveite muito mais


Muito bem, quem aproveitou, aproveitou. Quem não aproveitou, ainda dá tempo de aproveitar ao menos uma vez. Hoje é a última sexta-feira de horário de verão 2012/2013. É uma pena, porque é uma delícia sair do trabalho e ter ainda um tantão de sol pra curtir uma cerveja bem gelada com os amigos. Assim é quando o horário de verão está vigorando. Fim de tarde no bar, pôr do sol quase às oito da noite! Que maravilha!




Bom, de sexta-feira resta hoje. Ainda tem o sábado, com duas vantagens:

1) Se você não trabalha neste sábado, vai poder curtir o bar a tarde inteeeeeeeiiiira, bem comprida, porque amanhã ainda vigora o horário de verão.

2) Vai ter uma hora a mais pra ficar no bar à noite, já que com o fim do horário de verão a gente atrasa os relógios em uma hora.

Isso quer dizer que não tem desculpa pra não aproveitar este fim de semana. Que vai render, vai.



Bom fim de semana pra vocês!




quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Rubens





de Luís Fernando Veríssimo

Tinha pouca gente no bar quando o homem entrou. Ele sentou numa banqueta do bar, sorriu para o barman e pediu:

- Dois uísques.

Dois?

- Um puro, com gelo, para mim, outro com soda para o Rubens.

O barman sorriu.

- O Rubens vai chegar depois?

- O Rubens está aqui do meu lado.

O barman hesitou, continuou sorrindo, depois deu de ombros. Tudo bem. dois uísques, sendo um com soda para o Rubens. Colocou os dois uísques na frente do homem, que empurrou o que tinha soda para o lado. Depois de tomar o seu, o homem falou.

-Rubens, telefone para casa e xingue a sua mulher. Agora. Ela compreenderá.

Em seguida o homem tomou o uísque com soda também e confidenciou para o barman:

- Na verdade eu não bebo, Só venho para acompanhar o Rubens e evitar que ele beba demais. Notou como eu tomo o uísque dele sem ele perceber? É o jeito. Senão ele fica inconveniente. Canta "Conceição". O diabo. Põe outro soda aqui pro Rubens não notar que eu bebi o dele.

Mas ele é parente seu?

- Que parente? Eu nem conheço.

- Mas então porque...

- Olha aqui, não fala assim do Rubens. É um grande cara. Teve uma vida cachorra, entende? Cachorra. Não foi nada que quis ser na vida. Tem problemas em casa. Olha, ele está voltando e vai lhe acertar uma.

- Mas o que foi que eu fiz?

- Fica aí insinuando que ele é doido. Só porque tem um amigo imaginário. Pois o amigo dele sou eu e eu existo. Ou não existo?

- Calma, calma.

- "Conceição, ninguém sabe..." Põe mais dois aqui. Um só com gelo e um com...

- O senhor não acha que já bebeu demais?

- Como é que eu vou saber? Estou bêbado.

- Acho que chega.

- Então traz só o do Rubens.

- É melhor o senhor ir pra casa.

- Não contraria o Rubens que é ele que tá pagando!


Este texto está publicado no livro do autor intitulado Novas comédias da vida privada, L&PM Editores, 1996. Foi encontrado na internet em http://www.sinpro-rs.org.br/extra/ago97/verissim.htm

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Esquece o nome, olha o preço...


- Vamos nos encontrar na sexta-feira? - sou eu que faço a indagação pelo bate-papo, na internet.

Na outra ponta está o Humberto, companheiro que não vejo há quase um ano. E quando nos encontramos, em abril do ano passado, foi em BH, com outros companheiros que estudaram com a gente na cidade, para matar as saudades e ir pros botecos, coisas que gostamos demais da conta.

Humberto perguntou onde, mas agora estávamos marcando de nos encontrar em Brasília. Claro que eu pedi para ele sugerir, afinal ele vive atualmente na cidade e tem os seus lugares preferidos. Eu vivi na cidade até 2005, então estava crente de que vários bares que frequentava talvez nem existissem mais, ou estivessem modificados demais para eu reconhecê-los.

- Tem um bar na 302 norte que se chama Cheiro Verde

- Não tinha outra cor pra este cheiro, não? - retruco, como boa corinthiana que sou.

- Também não gosto muito do nome, porque você sabe que gaúcho não é muito chegado em cheiro verde – afirma Humberto.

Mas aí vem a frase decisória:

- Mas a cerveja lá é bem em conta, R$ 5,00 o litrão – afirma Humberto.

Ôpa! Esta é a chave da combinação. Cerveja em conta é comigo mesmo. Deixa o nome do bar pra lá. Já chamei o Tiago pra colar junto. E vamos lá na sexta!

Há dois erros na conversa acima. Primeiro, o bar não é na 302 norte, é na 303 norte, na quadra comercial. Se você é de São Paulo ou de qualquer outra cidade, não me pergunta o nome da rua, porque em Brasília endereço é assim mesmo. E o segundo erro é que a cerveja não custa R$ 5,00 o litrão. Simplesmente custa R$ 4,25! Tudo de bom, né, gente?


Ai! Que imagem linda!


Ah! Quando eu vi a placa na entrada do bar o sorrisão brotou no rosto. Quem me conhece sabe como é. E assim encontrei o Tiago e o Humberto para colocar o papo em dia. 


Lugar tranquilo, simples e com cerveja barata. Precisa mais?


O Cheiro Verde é um bar e restaurante. À noite é mais bar. Simples e bonitinho, definiria assim. É um lugar muito, mas muito tranquilo, sem cotoveladas, tem garçons que te atendem rápido, tem cervejas bem geladas. E não tem filas no banheiro, como eu havia imaginado quando o Humberto falou o preço da cerveja. Aliás, tô chegando à conclusão de que em Brasília apenas alguns se importam com o preço da cerveja. No caso, gente como a gente, que adora bar e tá boquiaberto com a alta dos preços e a baixa nos bolsos.



O nome vai mudar!

Se bater uma fome, peça espetinhos. É o que tem de mais acessível. Infelizmente a dupla cerveja e comida barata ao mesmo tempo é difícil de encontrar. Os espetos são bem feitinhos. Pedi um de carne com bacon e outro de linguiça apimentada, que chegaram à mesa bem apresentados.


Os espetinhos são deliciosos!
Vale a pena pedir.















Gostei do lugar. Só a mistura de músicas me deixou um pouco cismada, pois vai de Legião ao brega. Mas ouvido de quem gosta de bar e de cerveja barata tem o incrível poder de abstrair estas coisas. E continuamos no bom papo. Tiago disse que antes havia bom som ao vivo ali. O pessoal da casa diz que parou pra uma reforma, mas vai voltar.

Também disseram que vai mudar o cardápio e que vão se dedicar a especializar em carne de sol. Mas e a cerveja? O preço continuará o mesmo, segundo afirmaram. Que bom. Espero que continue, porque o principal atrativo para ir ao bar foi este. Pra fechar, o nome do bar vai mudar também. Vamos ver como é que fica. Se for pra ficar ainda melhor, que venha!


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Não quer pescar? Vai pro bar...


Certa vez escrevi num post que eu adoro levar gente de fora para conhecer os lugares e os bares que eu aprecio, em especial quando é aqui em São Paulo, a cidade do meu coração. Isso é fato, mas também gosto demais quando meus amigos me levam para conhecer os lugares e bares que eles apreciam. E é desta forma que eu acabo conhecendo mais as pessoas com as quais convivo e lugares maravilhosos.

Foi assim que eu conheci um local super hospitaleiro, de gente amiga, que serve cervejas supergeladas e peixes maravilhosos. Foi assim que eu conheci o Pesqueiro Onze. Roger me levou para lá em um fim-de-semana no qual eu estava em Mauá. Ele sempre me falou deste pesqueiro, de como o lugar é agradável e o pessoal de lá super gente boa. E eu já estava curiosa para conhecer.


Gente agitada vai pro bar...

Pra chegar no Pesqueiro Onze tem que ir de carro. Fica na Estrada Taiaçupeba, número 11, em Suzano. Se você não faz nem idéia de onde é que fica este lugar, relaxa, porque eu também nunca tinha ouvido falar. Mas em caso de curiosidade, entra no Google Maps que tá lá a estrada.

Você chega e já vê um grande lago, onde pessoas tranquilas passam o tempo a pescar. Os mais agitados, como Roger e eu, vão direto pro bar. Sunao é o proprietário e a família dele trabalha também ali. Ele logo veio trazendo uma conserva de rabanete que ele faz. Que delícia! É só pra abrir a sede. Chamei a cerveja gelada e Roger chamou a cachaça curtida com cambuci. Diga-se de passagem, a cambuci que o próprio Sunao prepara é muito boa. E ele vende grandes garrafas do produto, pra quem quiser ter uma reservinha em casa.


Cerveja, cambuci e conserva de rabanete pra abrir os trabalhos


Depois veio o peixe. No Pesqueiro Onze o forte é a tilápia, fresquinha. Então desceram mais geladas cervejas para acompanhar a meia porção maravilhosa de isca de tilápia. Meia porção foi o que nós pedimos porque depois viria mais peixe.


Porção bem servida e deliciosa de tilápia

A família do Sunao também faz sashimi de tilápia. Tive que provar, matar a curiosidade, pois nunca havia comido algo assim. E devo dizer que também adorei. Estava muito bem preparadinha a porção.

Sunao ficou mais um pouco com a gente. Conversou sobre o falecido pai, sobre a área do pesqueiro, mostrou-nos a casa onde mora, em cima do morro. O papo estava bom, mas tínhamos que ir embora, pois a chuva ameaçava chegar por ali. E de fato chegou quando estávamos de volta, já na estrada, que é de chão. Seguimos o caminho de volta para casa, e eu estava numa satisfação daquelas, de ter conhecido um bar tão gostoso que só poderia ter sido apresentado mesmo por um grande amigo.