sexta-feira, 30 de março de 2012

Já pensou onde vai hoje?

Sexta-feira. Ô felicidade! A gente mal abre o olho e já pensa logo no que vai fazer hoje quando sair do trabalho. O dia mal começou. Mas, pra que bar vou hoje e com quem? Passa o dia acordado, mas sonhando com a merecida do fim do dia.





Por isso a postagem de hoje está aí mais cedo. Eu acordei com muita vontade de comemorar as 4 mil visualizações que o blog vai completar hoje, e mais algumas coisinhas que aconteceram na semana. O bar e a cerveja me esperam. O transcorrer do dia é só um detalhe.



Beijão e bom fim-de-semana!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Criatividade sem limites...




 
Selecionar o que colocar aqui sobre Millôr Fernandes, que se foi ontem, aos 87 anos, não foi tarefa fácil. A criatividade deste homem era sem limites. Mas selecionado está, homenagem seja feita a este homem que está criativamente imortalizado. Encontrem uma oportunidade de conhecer as obras de Millôr, os que ainda não conhecem. Vale a pena. Adiós!







sexta-feira, 23 de março de 2012

Dever cumprido

Hoje é aquele dia o qual você conseguiu finalmente terminar aquele trabalho que tá se arrastando por dias, semanas, meses, sei lá, e você tá morto, mas aliviado?

Hoje é aquele dia o qual você sente que teve que matar um leão pra sobreviver e sobreviveu, depois de muita luta?

Hoje é aquele dia no qual seu nome era "Trabalho" e o sobrenome "Espírito de Sacrifício"?  Então, meu bem, é melhor você se preparar para o próximo sacrifício...





... caso você resolva ficar em casa, lógico! Chega de sacrifício! Vem pro bar e vamos beber esta estúpida juntos! Nós merecemos!


Bom fim-de-semana!



quinta-feira, 22 de março de 2012

Água?

Gente, hoje é o Dia Mundial da Água!

Como ela é importante... Não pode acabar de jeito nenhum.

Sem a água, não haveria a cerveja...

A água nos cura da ressaca nossa de cada dia!

E se você pensa que cachaça é água, continue pensando. Qual o problema?
 
Não estamos aqui para dar uma lição de moral e pedir pra você economizar. Até porque o que você consome de água na cerveja à noite deve ser mais do que você gasta durante o dia inteiro nos seus afazeres. Se quiser economizar, no entanto, aconselhamos deixar os afazeres de lado.


Não é merchandising.
Mas olhaí que bem bolado e bem lembrado!


No Dia Mundial da Água, se quiser desculpa pra comemorar, 
consuma o líquido sem moderação!





quarta-feira, 21 de março de 2012

O único bar que nunca fechou no mundo

por Xico Sá





Agora o vício são as séries intermináveis.

Coisas da vida, coisas de blog, meu guru Kurt Vonnegut.Vamos começar agora mais uma. Não tem jeito. A série dos bares mais charmosos do planeta.

E um bar/restaurante pode ser bom mesmo sendo ruim e pode ser ruim mesmo sendo o Fasano.

Não depende de frescura, depende de espírito.

O Guanabara, um estabelecimento cinquentenário da cidade do Crato, no sul do Ceará, é bom e tem seus defeitos, mas possui o maior charme para um flanêur, um bôemio: é o único bar do mundo sem portas.

Quero ver alguém com a gracinha de tentar fechá-lo, como se achasse o grande bebedor do mundo. Não perde nem para o bar Esperança do Carvana.

Nunca fechou em 54 anos de vida.

E não ter portas não é uma imagem poética. Não tem portas mesmo. Inclusive para não cometer o vil descuido –tem sempre um desavisado- de fechá-lo nunca.

Seu Neném, 82, o dono desde os 29, fez uma promessa: vai manter o bar como o único que não fecha no mundo.

E aí, Nova York, o que dizer do vanguardismo?

Só no Crato!

É só chegar na rua Monsenhor Esmeraldo, 853, no centro da cidade e comprovar o que sempre recomprovei na vida.

Outra qualidade do estabelecimento. Lá convivem do maluco que entra pedindo uma grana pra derradeira fubuia às autoridades constituídas.

Do amigo Chamex ao cineasta pernambucano Claudio Assis em busca, segundo ele mesmo, de um filme.

Não curti a reforma, seu Neném, mas fazer o quê, né, isso é conservadorismo de boêmio que aprecia o mesmo cenário. O sr. tem que melhorar as condições da casa. Servir melhor para servir sempre.

E você, prezado(a) leitor(a), qual o bar mais charmoso do país?


sexta-feira, 16 de março de 2012

Liga pra mim, vai...

Que não seja por falta de opção, né gente... Até agora não sei onde vou beber umas hoje. Se alguém vai sair, liga pra mim...

A grana tá curta mas dá pra umas cervejinhas e um bom bate-papo... sempre!



Bom fim-de-semana!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Estranho, boêmio e polêmico




Quando eu era criança, achava o Tim Maia um cara muito estranho. Aquela criatura enorme aparecia na TV e cantava com a sua voz grossa, suando pra caralho, com uma cara de quem tá curtindo demais o que tá fazendo. Mas o que eu achava estranho pra caramba era que quando se dava o close no rosto dele, a pele parecia meio esverdeada. Consigo lembrar de uma imagem dele assim e pensando bem, hoje, pode até ser que não fosse um defeito da televisão. 




  
E quando eu era adolescente o que mais se falava era que o Tim Maia bebia pra caralho, aprontava em todos os lugares que ia, não aparecia nos shows, enfim, era um sujeito que aprontava demais. 





Mas o estranhamento inicial e essa falação toda a respeito dele não me fez deixar de gostar e admirar esta figura. Porque o que ficou pra mim do Tim Maia foi o prazer que ele expressava quando cantava e o seu jeito de viver, assim, boêmio e polêmico.

Hoje faz 14 anos que Tim Maia se foi fisicamente. A sua música o eterniza, felizmente.


"Com duas garrafas de uísque,
canto até de manhã",
é o que dizem que Tim Maia dizia.




quarta-feira, 14 de março de 2012

O monstro do botequim


   
por Marcelo Bortoloti
publicado em http://www.olobo.net/index.php?pg=colunistas&id=474

Tudo ia bem naquela mesa do bar Antônio’s, na antiga Ipanema dos anos 60, até Ronald de Chevalier, o Roniquito, começar a se estranhar com o amigo e cartunista Otelo Caçador.
Briga de bêbados, e como tal, sem motivo aparente nem conseqüências para o dia seguinte. A gota d’água foi quando Roniquito chamou o colega de imbecil. O outro partiu para a agressão. “Os dois caíram no chão, mas era uma briga em câmera lenta, um tédio”, lembra o jornalista e escritor Fausto Wolff, testemunha ocular do ocorrido. Otelo, mais forte, levou a melhor e encheu o adversário de pancadas. Subiu em cima dele, e com o pé na sua garganta, perguntou: “E aí, chega ou quer mais?”. E Roniquito, atrevido: “Mas é claro que chega seu imbecil”.
Era a insolência típica desta figura mitológica que morreu tragicamente em 1983, deixando para trás uma fama de bêbado selvagem, dono de um ‘temperamento bélico’ como descreveu Ruy Castro, e que ofendia a todos pelo simples prazer da discórdia.
Economista e intelectual, Roniquito não deixou nenhuma obra escrita, a não ser uma série de extravagâncias contadas e recontadas pelos cronistas da época. E justamente por ter sido o bêbado que foi, ele ganhou no mês passado uma biografia, escrita pela irmã, Scarlet Moon de Chevalier, jornalista e ex-mulher do cantor Lulu Santos.
Dr. Roni e Mr. Quito” (Editora Ediouro), traz no título uma piada do cronista Carlinhos de Oliveira, que definia Roniquito como uma versão nacional de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, do livro “O Médico e o Monstro” de Robert Stevenson. Sóbrio era uma figura doce e tímida, bêbado virava um crítico feroz, um infame, ou simplesmente um cara engraçado, dependendo do ponto de vista.
Ele próprio tinha consciência de suas duas metades. Às vezes, ao entrar num botequim, ainda de boca seca, se anunciava: “Senhoras e senhores, aqui Ronald de Chevalier. Dentro de alguns instantes... Roniquito”. Bastavam algumas doses de uísque.
Certa vez, altas da madrugada, foi o segundo que se virou para o amigo Fernando Sabino, que também bebia no bar Antônio’s: “Ô Sabino, quem é melhor, você ou o Nelson Rodrigues?”. O escritor, modestamente, respondeu que era o Nelson, claro. E Roniquito: “E quem é você para julgar Nelson Rodrigues?”

Nasce um boêmio
Carioca por adoção, Ronald Russel Wallace de Chevalier nasceu em junho de 1937, em Manaus. Filho de médico ilustre, veio com a família logo cedo para o Rio. Os pais tinham dinheiro suficiente para colocá-lo nos melhores colégios, e ele foi amigo de infância de Walter Clark, Jô Soares e Ivan Lessa.
Ronald possuía uma inteligência matemática, decidiu cursar economia. Foi orador da turma e um dos pupilos de Mário Henrique Simonsen, o antigo Ministro da Fazenda. Não demorou muito para demonstrar sua habilidade para o álcool e a balbúrdia. O primeiro pileque foi aos 10 anos de idade, um verdadeiro prodígio.
Logo que Ferreira Gullar chegou ao Rio de Janeiro, por volta de 1952, o poeta foi a um debate sobre arte contemporânea. Um dos palestrantes, um paraguaio, falava de seu interesse pelo aspecto metafísico da arte. Neste momento um jovem magro, do fundo do auditório, pediu um aparte. O palestrante concedeu, e ouviu o seguinte: “Eu só queria dizer que a única coisa metafísica que eu conheço é o cu”.
O paraguaio perdeu a fala. “Ele foi tirado da sala, carregado por dois seguranças, e continuou gritando ‘é o cu é o cu’ até a saída. Eu perguntei quem era aquele, e me responderam ‘é o Roniquito, ele vive criando confusão em todo canto’”, conta Gullar, que mais tarde viria a ser amigo da fera. Foi uma das primeiras manifestações do tipo bravio, que como se vê, não tinha critérios.

Piada de salão
Baixinho e franzino, Roniquito possuía coragem demais para seu tamanho, apanhava com regularidade. Sobreviveu tanto tempo pois nunca saia do circuito Ipanema-Leblon, onde era conhecido. Quando chegava em um bar lotado, onde não havia nenhum amigo, costumava dizer: “Este lugar está cheio de ninguém”. Surgia alinhado e dali a pouco estava completamente descomposto, com o enorme queixo apontado para o alto, marca registrada do seu atrevimento.
Ele chegava a ser inconveniente, mas no fundo era um gozador”, defende Ferreira Gullar. O cartunista Jaguar, 74 anos, é outro sobrevivente daquela brava geração etílica. “Roniquito era um suicida”, define. “Quando não tinha ninguém para esculhambar, esculhambava o copo”, exagera. Certa vez estavam os dois sentados no bar Degrau, depois de extensa via-sacra pelos botecos da Zona Sul, quando se aproxima da mesa uma madame falando maravilhas de um espetáculo que acabara de assistir, do coreógrafo Maurice Béjart. “Eu amo Béjart, ele é divino”, dizia. Roniquito, possuído, desbancou a granfina: “Eu acho Béjart uma merda, eu gosto é de Fudet”.
Muitas histórias que passaram de boca em boca ganharam mais cores que veracidade. O ator e cineasta Hugo Carvana, também integrante do bando, homenageou Roniquito no seu filme “Bar Esperança”, no papel de um bêbado, é óbvio, vivido pelo ator Antônio Pedro. “A gente nunca sabe quais histórias são verdadeiras. Roniquito era um personagem folclórico, e o personagem às vezes é maior que a pessoa”, diz.
Apesar de azedo quando embriagado, o boêmio era dono de grande talento para a esculhambação, e estava sempre cercado de amigos. Por ocasião de sua morte, Paulo Francis publicou um artigo na “Folha de São Paulo”, contando a única vez em que fora destratado por ele. Francis estava numa mesa de bar com amigos, e elogiou o filme “Teorema” do cineasta Pier Paolo Pasolini. Quando se levantou para ir ao banheiro, Roniquito o segurou pelo braço, com essa: “Custou, mas confessou o homossexualismo. Hem?”. Claro que apesar de toda a graça, foi com justiça considerado por muita gente como um tipo insuportável.

O assessor
Ao lado de toda esta atividade boêmia havia também uma produção intelectual relativamente intensa. Ronald de Chevalier era um erudito, altamente versado em poesia e música clássica, e chegou a cometer alguns sonetos. Como economista, trabalhou na Comissão Econômica para a América Latina, no antigo BNH, passou pela Rede Globo e depois pelo Ministério da Fazenda.
Na TV começou em 1969, quando a Globo se despontava como uma potência. Ronald foi contratado pelo amigo Walter Clark, chefão da emissora na época, embora seu cargo nunca tenha ficado muito claro. Foi ele quem inventou a expressão ‘aspone’, que mais tarde entrou no Dicionário Houaiss: "Indivíduo que exerce um cargo sem função real ou útil". Na sua origem, ‘aspone’ é redução de assessor de porra nenhuma, como Roniquito se definia.
Claro que era um exagero, só para não perder a piada. A cantora Nana Caymmi, amiga inseparável, defende o figurão. “Ele era um homem de idéias brilhantes, e ajudou muito o Walter Clark na época. Naquele clã da Globo não ficava nenhum burro”, decreta. Ruy Castro tem outra versão: “De certa forma, Roniquito era o que Walter Clark, com todo o seu poder, gostaria de ser: fino de berço e grosso por opção. Walter era o contrário”.
Scarlet Moon entrevistou cerca de 50 pessoas entre amigos e conhecidos da época para compor a biografia. Ela fala da infância feliz, dos colegas de escola, dos casamentos e da difícil convivência com o alcoolismo. Por conta do temperamento pirotécnico, a verdade é que o boêmio nunca foi muito bom com as mulheres. Ainda assim, foi casado duas vezes e teve três filhos. “Roniquito sabia que não era um sujeito muito bonito, e isto o irritava um pouco”, sugere Fausto Wolff, que dividiu um apartamento com ele em Ipanema. Nana Caymmi tem uma avaliação mais branda: “Eu era uma admiradora, ficava ao lado dele fascinada com sua inteligência e com as coisas que ele dizia”, conta. Claro que de noite, já com a cara cheia, Roniquito surgia no Chico’s bar, onde Nana se apresentava, dizendo que aquilo tudo era uma porcaria e que o bom mesmo era Beethoven.
Algumas cenas da biografia são dramáticas. Naquela época de sexo, drogas e bossa nova, Roniquito se meteu com cocaína. Certo dia, após um escândalo sem propósito e um flagrante mal escondido, acabou comprometendo sua irmã, que foi presa por porte da droga. O bêbado ainda foi até a delegacia dizer que o culpado era ele, mas não adiantou. Scarlet passou três meses e meio encarcerada. Barra pesadíssima. Taí um vexame difícil de esquecer.

A última do Roniquito
A fase áurea da sua vida boêmia se passou em plena ditadura militar. Ele nunca foi preso porque circulava bem nas rodas de poderosos, embora, dizem, destratasse até mesmo os oficiais. Em seu livro “Ela é Carioca”, Ruy Castro conta que nos idos de 67, Roniquito estava bêbado no Museu de Arte Moderna, quando entrou o general Costa e Silva e seu séqüito para almoçar. A comitiva presidencial passou justamente na hora em que ele procurava um isqueiro no paletó para acender seu cigarro. Segue o Ruy: “Com o cigarro no canto da boca, Roniquito viu o presidente. Avançou, cravou o queixo nas medalhas de Costa e Silva e perguntou: 'O senhor tem fogo?’. Os seguranças, como que subitamente acordados de um rigor mortis, pularam sobre ele”. O tipo foi abotoado mas não chegou a ir em cana.
Quando aprontava além da conta, Jaguar lembra que ele era expulso do Antônio’s por um tempo, e ficava de castigo bebendo no boteco vizinho. Numa destas, embriagado e sozinho, foi atravessar a rua e acabou pego por um fusca em alta velocidade. O motorista foi embora sem prestar socorro. Um ônibus que vinha atrás o levou para o hospital Miguel Couto, onde foi operado para reconstituir o rosto, a perna e outros pedaços do corpo. Em frangalhos na maca, teve fôlego apenas para pedir uma vodka para a enfermeira.
Depois disto Roniquito nunca mais foi o mesmo. Vivia de muletas, se automedicava e continuou bebendo. Morreu em janeiro de 83, com 45 anos de idade. “Muito moço”, concordaram os jornais da época. Podia ter sido um intelectual de sucesso. Não foi, vivia de porre, mas ainda assim gozou da amizade de muita gente com talento e poder, e sempre que possível jogou merda no ventilador. Um herói. “É um mistério, morremos de saudade de um sujeito que vivia nos esculhambando”, arremata Jaguar.

terça-feira, 13 de março de 2012

Hora de declinar


Fala a verdade: quando você está fugindo de uma bebedeira, é a hora em que todos te chamam pra beber. É ou não é? Você lá, precisando resistir bravamente pois precisa acabar de tomar a cartela inteira de um remédio, e o povo te chama, não tem jeito.

Tem aquela dieta que você começa e pára no segundo dia por causa do chamado de alguém. O fígado precisa de um descanso, você pára uns dias, mas poucos, pois um chamado é o suficiente pra você se convencer que pra ele ficar melhor é só assustá-lo com uma cerveja gelada. Ou acordar de ressaca tá te deixando cada vez mais cansado. E pra descansar, então, você pára de beber por uns dias, passa a fazer programas que você julga “saudáveis”, em lugares em que não se vende bebidas, como parques e museus. Mas se alguma coisa acena pra você e diz pra você sentar e beber uma cerveja, a pessoa que te acompanha olha pra você e... já era.

Já passei por todas estas condições que citei. E declinei em todas as situações, com exceção da primeira, a do remédio. A única situação em que levo até o fim a proposta é a de tomar a cartela inteira do remédio sem derramar uma gota de álcool neste corpinho.

Boa desculpa pra declinar do objetivo de ficar sem beber é alguém te chamar pra ir a um lugar que você ainda não conhece. Foi assim que Magali e Ed me arrastaram pra um barzinho que se localiza na esquina da Rua da Abolição com a Rua Jacareí, na Bela Vista, ou Bexiga, se preferem.




Foi em um fim de tarde que eu recebi a ligação destes dois “diabinhos”. Estava saindo do MASP, um passeio “saudável”, cultural e sem intenções etílicas, junto com a amiga Vera:

- Lê, vamos beber uma cerveja hoje aqui na Bela Vista? O Ed tá aqui comigo, vai fazer um serviço e depois nós vamos sair. Vamos? - Diz Magali.

- Ô Magali, hoje não vai dar. Tô na Paulista, voltando pra casa...

- Ô Lê, você nunca vem beber aqui pra estes lados. Vem...

- Não vai dar, nêga. Deixa eu sair desta fase e eu vou aí pra bebermos juntas.

A fase durou 5 minutos após eu desligar o telefone e voltar a ligar pra ela e perguntar onde eles pretendiam ir. Ah! Maior calorzão, eu já tô na rua com a Vera e estas duas pessoas queridas me ligam pra eu beber em um lugar em que eu nunca vou? Declino mesmo! Vou mesmo! Encontramos os dois daqui cerca de meia hora! Falei isso e pronto!


Não sei como esta água foi parar aí, sério...
 
Declinar sem tristeza, por favor...
 

Vamos a Vera e eu a pé, descendo a Augusta, conversando, paquerando e rindo. Encontramos os dois ali, na Rua da Abolição. Ótimo lugar pra se encontrar. Afinal, de vez em quando a gente tem que abolir as proibições que colocamos a nós mesmos. Afinal, de vez em quando? Pra mim é de vez em sempre. A não ser quando tomo remédio.


Acaba nisso.



sexta-feira, 9 de março de 2012

Onde você vai beber hoje?



No copo, claro! 
Vamos lá!



Não importa qual o tipo de copo. O que importa é que hoje é sexta-feira e é dia de ir pro bar e beber o que você gosta!





Bom fim-de-semana pra vocês!





quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulheres em todos os lugares, inclusive nos bares

É 8 de Março, gente!

Mulheres uni-vos! 

Estas mulheres me deram, nos últimos tempos, a imensa alegria de brindar cervejadas nos bares neste ano.

Todas elas gostam, e muito, de bar. São guerreiras, são deusas, são mulheres que lutam, se divertem, vivem plenamente. Beijos a todas!


























quarta-feira, 7 de março de 2012

Embu é das artes e dos bares


Passeio que sempre indico aos que vivem em São Paulo e aos que vêm de fora é o Embu das Artes. A cidade é bastante conhecida por ter estabelecimentos e uma grande feira que vendem as mais variadas peças artesanais, que vão das mais baratas até as bem caras (pelo menos para o meu pobre bolso). Além disso, é uma cidade histórica, com casas em estilo colonial e espaços ligados a contar a presença dos jesuítas por ali.


 


 
E para tornar o passeio completo, a cidade tem vários restaurantes e bares, tão agradáveis, que você deve deixá-los para depois de conhecer as outras coisas, senão você torna o seu passeio direcionado apenas para eles.

A dica é ir de ônibus, para poder aproveitar bem os bares. Sempre que vou é assim. Pegue o ônibus na Estação Clínicas do Metrô, na Rua Teodoro Sampaio. Tem vários ônibus Embu que passam ali, mas o que passa perto da feira é o Embu-Engenho Velho. Daí é só pedir para alguém avisar quando está perto da feira no centro. Vá com tempo. O passeio é de dia inteiro mesmo!

Vamos aos bares. Quando fui para lá com o França, Simone e Béti, nós escolhemos o Bar Esfera para nos refrescar com cervejas e também para comer. Ele fica em uma das esquinas da praça central, em um calçadão, onde suas mesas com guarda-sóis se espalham. É super agradável, a comida é boa e, assim como a cerveja, tem preço justo.








Quando voltei lá com o Fábio, levei-o para conhecer o Bar Esfera, e passamos um tempão ali. Neste lugar conhecemos dois jovens da cidade e passamos mais um tempo conversando com eles. Depois eles se prontificaram a levar-nos para conhecer mais dois bares. Um deles também é em uma esquina da praça, Rua Marechal Isidoro com Rua da Matriz, e eu não lembro o nome. Está sempre cheio. Então pegamos uma mesa lá dentro, no andar de cima. Como eu fumo, achei meio complicado ficarmos ali. Permanecemos pouco. Mas é um lugar legal se você conseguir pegar uma mesa do lado fora, embora eles tenham poucas. 

Dali fomos, então, para a Choperia Bem Brasil, que fica na Rua Joaquim Santana, em um calçadão movimentado da feira. As mesas ficam no calçadão e é um lugar ótimo pra beber e fumar.





Eles vendem lá aquelas torres de chopp que quando a gente vê fica babando. Mas se vai encarar uma  torre destas recomendo que vá à chopperia pela noite e em pelo menos 4 pessoas, que é pro chopp não perder a temperatura ideal. Nós fizemos isso e foi ótimo!






A ronda pelos bares foi tão boa que quase perdemos o último ônibus de volta pra São Paulo. Dia destes, no mês de janeiro, estive lá no Embu de novo e conheci outros bares. Mas outro dia escrevo sobre eles.



sexta-feira, 2 de março de 2012

quinta-feira, 1 de março de 2012

Absurdo nacional, ou quem sabe multi?

Por Elaine Tavares
No blog Palavras Insurgentes - http://eteia.blogspot.com/





Meu amigo Moacir Loth me alertou para uma coisa muito cruel que está acontecendo na cidade, e pode ser que em todo o país, não sabemos ainda: “estão querendo acabar conosco”, reiterou. O fato é que nos bares mais tradicionais da cidade agora inventaram essa de só servir cerveja “long neck”, ou como dizem os compas de bar, a “longuineti”. Consultando outros amigos veio a indignação. Todo mundo se deu conta dessa barbárie. “Que porra é essa? Já não se encontra a boa e velha original, a cerveja grande, para ser compartilhada”.

E é isso mesmo, de mansinho, os bares – mesmos os mais chulés – estão sendo empurrados para a “longuineti”. Uma cerveja típica desses tempos de egoísmo e individualismo exacerbado, uma cerveja que se bebe sozinho. Também me flagrei que é um tipo bem comum nos Estados Unidos, pelo que se pode notar nos filmes de “roliudi”. Ora, de novo o colonialismo. Mas até na cerveja, cristo rei? Tá, é fácil explicar porque isso acontece, sem nem precisar colocar o jesusinho na parada. A cerveja pequena é mais cara, ou seja, é só um remanejamento do mercado para lucrar mais. Mas, em cima de nós, tradicionais degustadores? Inadmissível. Já temos de enfrentar o império das multinacionais que detêm quase todas as marcas, e agora até no tamanho? 

Pois eu e o Moacir decidimos iniciar um movimento pela cerveja grande, a boa, velha e tradicional cerveja de 600 ml. Uma cerveja que se abre gelada e gostosa, uma cerveja que se partilha em vários copos, uma cerveja que se presta à comunhão. Em Florianópolis, no mercado público apenas um Box ainda serve a cerveja grande. Em outros bares e pizzarias tradicionais e de circulação bem popular acontece o mesmo, só a pequenina, que de longa só tem o pescoço. 

Sinceramente eu não sou contra quem gosta da “longuineti”, mas é preciso que se deixe a escolha. Afinal, isso não é uma democracia? Caso fosse em Cuba que estivesse sendo implementada a ditadura da cerveja pequena já haveria grandes mobilizações em Miami. Mas como é no “mundo livre”, nada acontece. Vamos acompanhar esse caso, de interesse nacional, e se não houver uma mudança haveremos de ressuscitar o blumenauense Horácio Braun e todos os demais velhos compas cervejeiros para iniciar uma ofensiva radical. 

Só falta a Polar gaúcha, velha resistente, original e local, lançar a pescoçuda. Aí vai ser a guerra.